quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Medo da Morte







Um homem transitava por estrada deserta, altas horas.

Noite escura, sem luar, estrelas apagadas... Seguia apreensivo. Por ali ocorriam, não raro, assaltos... Percebeu que alguém o acompanhava.
Olá! Quem vem aí? - perguntou, assustado.
Não obteve resposta. Apressou-se, no que foi imitado pelo perseguidor. Correu... O desconhecido também.
Apavorado, em desabalada carreira, tão rápido quanto suas pernas o permitiam, coração a galopar no peito, pulmões em brasa, passou diante de um poste de luz.
Olhou para trás e, como por encanto, o medo desapareceu. Percebeu que seu perseguidor era apenas um velho burro, acostumado a acompanhar andarilhos.
A história assemelha-se ao que ocorre com a morte.
A imortalidade é algo intuitivo na criatura humana. No entanto, muitos têm medo, porque desconhecem inteiramente o processo e o que os espera no Mundo Espiritual.
O Espiritismo é o poste de luz que ilumina os caminhos misteriosos do retorno, afugentando temores sem fundamento e constrangimentos perturbadores.
De forma racional, esclarece acerca da sobrevivência da alma, descerrando a cortina que separa os dois mundos.
Com a Doutrina Espírita aprendemos a encarar com serenidade a morte, que chamamos de desencarnação, porquanto ninguém morre.
Isso é muito importante, fundamental mesmo, já que se trata da única certeza da existência humana: todos desencarnaremos um dia.
A Terra é uma oficina de trabalho para os que desenvolvem atividades edificantes, em favor da própria renovação.
Um hospital para os que corrigem desajustes nascidos de viciações pretéritas.
Uma prisão, em expiação dolorosa, para os que resgatam débitos relacionados com crimes cometidos em existências anteriores.
Uma escola para os que já compreendem que a vida não é simples acidente biológico, nem a existência humana uma simples jornada recreativa. Mas não é o nosso lar. Este está no plano espiritual, onde poderemos viver em plenitude, sem limitações impostas pelo corpo carnal.
Compreensível, pois, que nos preparemos, superando temores e dúvidas, inquietações e enganos, a fim de que, ao chegar a nossa hora, estejamos habilitados a um retorno equilibrado e feliz.
O primeiro passo é o de tirar da morte o aspecto fúnebre, mórbido, temível, sobrenatural... Há condicionamentos milenares nesse sentido.
Existem pessoas que simplesmente se recusam a conceber o falecimento de um familiar ou o seu próprio.
Transferem o assunto para um futuro remoto. Por isso se desajustam quando chega o tempo da separação.
Onde está, ó morte, o teu aguilhão? - pergunta o Apóstolo Paulo, a demonstrar que a fé raciocinada supera os temores e angústias da grande transição, dando-nos a compreensão de que o fenômeno chamado morte nada mais é do que o passaporte para a verdadeira vida.
O Espiritismo, se estudado, nos proporciona uma fé inabalável. O conhecimento de tudo o que nos espera, e a disposição de lutarmos para que nos espere o melhor.
* * *
Um dos maiores motivos de sofrimento no além túmulo, é o apego aos bens terrenos.
Muitas pessoas não aceitam as normas estabelecidas pela aduana do túmulo, que não nos permite levar os bens materiais no momento em que passamos para o outro lado.
Isso demonstra que tais pessoas ainda não entenderam que os bens materiais nos são emprestados por Deus como meio de progresso, e que os teremos que devolver, mais cedo ou mais tarde.
É importante que reflitamos sobre isso, não nos deixando possuir pelos bens dos quais somos apenas usufrutuários.
Um dos motivos de sofrimento dos que ficam, é o fato de não terem se dedicado o quanto deviam àqueles dos quais se despedem.
Por isso, convém que, enquanto estamos a caminho, façamos o melhor que pudermos aos nossos afetos, para que o remorso não nos dilacere a alma depois.

Redação do Momento Espírita, com base no livro
Quem tem medo da morte?, de Richard Simonetti,
ed. Ceac. Em 19.12.2008. (KARDEC ONLINE)

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/medo-da-morte-44138/#ixzz26xubBPTT

domingo, 9 de setembro de 2012

"Meus Momentos Espíritas": Amar não é Pecado... Sexo e Amor

"Meus Momentos Espíritas": Amar não é Pecado... Sexo e Amor: Existem várias manifestações de amor no mundo. A primeira existe quando nosso pai de eterno nos dá a oportunidade de repararmos os erros d...

Amar não é Pecado... Sexo e Amor



Existem várias manifestações de amor no mundo. A primeira existe quando nosso pai de eterno nos dá a oportunidade de repararmos os erros do passado. A segunda manifestação do amor, na maioria das vezes vem de um colo acolhedor de mãe e pai. Entre outras pessoas que cruzam o nosso caminho e nos ajudam a evoluir. Temos em nosso planeta, digamos que instintivamente, o Sexo como um meio reprodutor. Não somente em nossa espécie.

Nossa mente se formou através da sábia convicção de que ele deve ser praticado com amor e respeito recíproco. E deverá sempre acontecer por dois seres que se amam. E desse amor, gerar outro amor - filho(s). E esse amor gerado deve absorver todo amor empregado por aqueles que o receberam, como bênção de Deus. 

A imagem de que o Sexo é pecado, teve um papel importantíssimo na sociedade desde o início dos tempos. Apenas acusando o sexo como pecado, as pessoas ficavam cautelosas a se tratar do sexo. Sendo assim, se respeitavam. 
Mas hoje, alcançamos tal grau de evolução que tomamos conhecimento que: se o sexo fosse pecado, certamente o mundo não evoluiria. Tal qual, uma das representações da imagem diabólica criada pela Igreja Católica é que seria um ser perverso, fortemente ligado ao sexo e aos prazeres. 

Desde centenas de anos atrás o amor tem uma imagem denegrida por algumas filosofias. Já o Espiritismo não é uma fé que prega pecados, e não vê o sexo ligado às trevas. Muito pelo contrário, como uma fé raciocinada, sabe que progredimos através de existências recíprocas e para que tal evolução se concretize retornamos novamente (Lei da Reencarnação). E para que nosso corpo se constitua se faz necessária essa união entre dois seres. União selada pelo amor e respeito.

Então como poderia o Espiritismo condenar a prática sexual? Aliás, é bom ressaltar que, o Espiritismo é uma doutrina que não condena nada. Somente aponta alguns pontos que merecem maior compreensão. O excesso de todos os gêneros não faz bem. Assim como o sexo em demasia não faz bem. Como diz o velho ditado popular: Água demais mata planta.

O Sexo deve ser praticado com amor, mas lembrando que, para amar não se faz necessário o sexo. O Sexo pode ser uma manifestação de amor, mas não o amor propriamente dito. Pois devemos amar ao próximo como a nós mesmos, amar a todos incondicionalmente. 

Vamos pensar um pouco mais:
Deus nos deu diversos sentidos. O olfato, a audição, o tato, a visão e a fala. Sabemos que, se esses sentidos foram oferecidos ao homem para sua evolução, é claro que é instrumento de Deus. Assim como na relação Sexual há uma atração entre dois corpos, gerando assim um atrito, aguçando o nosso tato. A maioria desses nossos sentidos nos oferecem diversos recursos, assim como o tato. É com ele que temos o discernimento para a locomoção, para práticas manuais, inclusive para as práticas reprodutivas. 
Seria então o Sexo algo oferecido para a nossa evolução contínua, não para o nosso deterioramento.

É bom lembrar que a nossa doutrina diz que devemos controlar nossos instintos. Uma pessoa que pensa em sexo a todo o momento, deve-se controlar. Alguém louca, obcecada por alguma coisa não tem discernimento. Devemos controlar a prática exacerbada do sexo, assim como devemos controlar todos os nossos vícios, que só trazem consigo o arrependimento. É claro, também, que, o sexo de forma alguma pode ter promiscuidade, para não agredir aqueles que amam você, emocionalmente (ferindo o coração) ou fisicamente (transmitindo doenças).

Então irmãos, vejamos como é bom amar. Seja amigavelmente, conjugalmente, afetivamente... Tudo isso é bom e faz bem quando feito de coração, de corpo e alma.

Como diz a música do jovem cantor Luan Santana: 
"Amar não é pecado."
Nessa canção ele mostra os sentimentos joviais a respeito do amor, gritando para quem quiser ouvir que o amor não é um pecado, e mesmo que o mundo ache que o amor seja pecado, ele diz que pouco importa o mundo, o que as pessoas dizem, o importante é estar do lado de quem ama.
Às vezes algumas canções nos ajudam a refletir sobre alguns assuntos, essa canção me faz pensar melhor sobre o amor. Seria ou não pecado? - Depois de ouvi-la, percebi que algo retratado de forma tão bela, não poderia ter ligação alguma com as trevas. Ainda mais vendo a sensibilidade de alguns cantores, como Roberto Carlos, ao falar desse assunto em músicas como "Cavalgada", "Os Seus Botões", "Proposta", entre outras.

Abraços irmãos fiquem com Deus.



Retirado do site - Amigos de Chico Xavier